domingo, 18 de agosto de 2013

Quem tem valores, deve valorizá-los.

Quem tem valores, deve valoriza-los. O respeito não se ganha numa luta de insultos ou num combate em que a força vence a razão. Assim como também não aparece onde não existem ouvintes, mas apenas falantes. Quem fica por cima, não é quem começa em cima, mas aquele que debaixo se ergueu degrau a degrau na escada da sabedoria, não pondo críticas, mas discutindo opiniões. Aquele que se mentaliza que há uma única possível solução para um problema diverso ou talvez incerta a sua complexidade, não chegará senão a uma forte persistência ignorante daquilo que não pode saber ao certo ou tomar como certo sem saber. Quanto mais insistimos em defender algo, mais provas temos de recolher, apresentar. E se nem nós temos a certeza do que dizemos, porque insistimos? Enquanto isso, outros optam por defender algo negando o que os outros apresentam, isso também não é racional. Quando há diversas opiniões, o respeito e sobretudo o pensamento são essenciais, não havendo isso, não deve haver discussão. Não havendo argumentação lógica, não deve haver problema a resolver, tudo está já determinado.

A inteligência não se mostra em léxicos ricos, mostra-se na capacidade de simplificar o que outros complicam. Até os tais termos chamados "inteligentes" são vagos de informação por vezes.

stillovingthatvoice.

domingo, 24 de março de 2013

Uma nova dimensão

Onde pára a nossa vontade de procurar e lutar por algo que não temos? Quando obtemos isso? Segundo o que se diz, depois de conseguido o nosso objetivo, essa conquista torna-se aborrecida, dispensável. E embora isso não pareça coerente, tem lógica, é natural no ser humano fartar-se do que conseguiu, quando conseguiu. E quando as lutas são fáceis, a vitória ainda menos tempo faz sentido. Normalmente, é essa a sequência dos acontecimentos. Mas há exceções, e quando essas exceções entram na vida duma pessoa, essa pessoa torna-se dona de si mesma, retirando ao destino e à natureza humana o direito de nos continuara a governar. Não estou a falar do hábito. Esse sim, é o nome que se dá a uma conquista que depois não é deitada fora, permanece na vida das pessoas. Mas essa conquista deixa de se chamar conquista e passa a chamar-se "força do hábito", onde a pessoa não considera dispesável aquilo que conseguiu, porque se habituou ao que conseguiu, se familiarizou e viveu com isso, talvez até ao resto da sua vida. Exemplo disso, são a maioria dos casamentos, puro hábito de ver e ter sempre a mesma pessoa. Para mim, e para o tipo de pessoa que eu sou, nunca consegui aguentar algo que não me custo a obter. E quando custou, durou praticamente o tempo da conquista. Raramente, muito raramente, vivi com essa conquista como se todos os dias a ganhasse novamente, então habituei-me a não viver com a conquista mas a conquistar e deixar ir, conquistar novamente e novamente deixar ir. Porquê? Porque na vida, a única coisa que vale a pena, é aquela que valerá a pena durante toda a vida. E quanto a namoros na minha vida, essa sequência de conquistas para mim acabou quando te conquistei, porque não valeste a pena no momento, vales a pena em todos os momentos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"Regras"

Quanto mais regras criamos, menos as respeitamos, e quando mais tentamos perceber o porquê da existência delas menos as desejamos. E então? Também não servem de nada, quem as quer, realmente? Quem as faz? Esses têm outras, claro. Quem as deveria cumprir? Esses simplesmente, deveriam cumpri-las. E os que as cumprem? .. Ou não existem ou vão acabar por deixar de existir. Mas isso porque as regras não são boas? São ótimas!.. Se bem feitas. Senão, são apenas mais regras. E o que elas me têm ensinado é que isto tudo funciona bem sem elas. Uma vez que o tempo ensina-nos a vivê-lo apenas, uma vez que acaba sempre por passar; A vida ensina-nos a lutar contra ela, e o coração a segui-lo aconteça o que acontecer.. E para estas coisas nunca ninguém inventou regras, ou regras que pudessem ser cumpridas de acordo com estes, então ninguém consegue cumpri-las, mesmo que quisesse. Então, farei minhas próprias regras. Para mim, o tempo só pára quando tenho de apertar os cordões, a vida só me vencerá quando não a quiser viver mais e o coração.. agora está inquebrável, mas se um dia se voltar a quebrar, precisará apenas do tempo e de algumas lutas com a vida para se tornar saudável novamente. Porque ele se tornará. Apesar do tempo nessas situações se querer vingar e tentar parar, eu correrei sem sapatilhas para que os cordões não se desapertem e apesar da vida ter mais força e determinação que eu nesses momentos, eu tenho a força e determinação duma vida em mim.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A nossa amizade

Tenho saudades. Mas as saudades já nada resolvem. A dor provocada, agora é maior que a dor das saudades. Finalmente, me conformei, e deixei de esperar, deixei de imaginar o mundo ao teu lado e apenas me concentro no mundo que quem está, me oferece. Um mundo quase perfeito, que esperava por ti para ser perfeito. Agora, trabalha para o ser sem ti. Deixaste uma ferida que apesar de grande, fez crosta, e é bom que tudo fique igual, para que sere. Não voltes a abri-la, já que até agora esperaste que recuperasse sozinha da pancada forte que deste. Deixa-a, ela já não te imcomoda mais. Nem ela, nem eu. "A vida sempre continua." (...) muito por dizer, muito por chorar ou abraçar, muito ficou, para não voltar, muito perdi, não por te ter conhecido, mas por te ter perdido. Escolhas são escolhas, e nunca impedi ninguém de as fazer. Quem nos ama, volta, se não volta,.. já amou.

Foto minha.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lugares

Em certos momentos da nossa vida, parámos. Olhamos à volta, refletimos. «Será que já passei aqui? Será que ando às voltas, e já aqui estive?» Tudo isto é metafórico, tudo isto é vago. O que realmente acontece são saudades. Saudades dum passado livre, ou dum presente que já não me deixa viver. Parámos no meio da nossa caminhada para pegar numa pedrinha, e tentar reconhecer nela uma pedrinha igual àquela da nossa infância, aquela pedrinha que agora nos possa guiar. Paramos no meio do nosso caminho para simplesmente evocar no tempo e no espaço algo por onde já passamos, um dia, e talvez possamos voltar a passar.
Aí, ouvimos risos nos cantos das andorinhas, gritos de crianças a brincar nas folhas agitadas pelo vento forte, e serenidade das nossas camas no azul do céu. Quantas e quantas são as memórias, enquanto o presente não tem o que oferecer, nada a propôr contra tais recordações. Simplesmente, fica desarmado, fica vago, difícil de suportar. O que nós antes vivemos da forma mais natural e espontânea, agora valorizamos como algo fora do comum, uma relíquia. Quem disse que a riqueza traz felicidade esqueceu-se que a riqueza não compra nada além de outras riquezas. Mas e o resto? O que realmente importa? Quantos reis e rainhas morreram sem experimentar andar descalços em plena rua, estar só e ter em que pensar, brincar à margem dum rio, atirar pedras, portar-se simplesmente normal?! E quanto creceu, quantos deles terão verdadeiramente sentido a dor? A falta de alguém? O amor? Eu lembro-me, e sei que o meu lugar nunca será aqui, num sítio só. Já fui de longe, sou daqui, mas serei de todo o mundo. O meu lugar não é aqui, é na floresta, na cidade, no campo, no mar, no rio e no ar. O meu lugar é onde não estou. Onde posso andar, saltar, correr, ser livre, e quando quiser, partir, outra vez. Mais uma e mais uma, sem fim e sem destino, sem noção de tempo ou espaço, sem rumo, sem mapa, sem objeções. Encontrar pessoas como eu, deixá-las ir também a elas para outro lugar onde pertençam, sem nunca lá terem estado, pessoas que procuram apenas aquilo que nunca encontraram, aquilo que nunca conheceram. Pessoas, como eu. Simples, só. E quando não souber para que lado ir num cruzamento, vou recordar o passado, trazer novamente à alma, as memórias. Essas sim, sempre saberão escolher um caminho. Assim, quando parar novamente, será por pouco tempo, pois achei a bússola dentro de mim. E a pedrinha escolheu o caminho, de novo. Foto minha.

frase dois

E se, quando menos esperas aparece quem mais esperas? Deitarás fora mais uma vez, na esperança que terás sempre alguém por aparecer, cada vez melhor? E se, da próxima vez, não houver próximo alguém? E se, da próxima vez, estarás sozinho? O tempo não faz as pessoas aparecerem, o tempo faz com que as pessoas que apareceram, se cansem de não as aceitarmos, e aí, outras nem virão, irão ter com aqueles que não querem mais e melhor