quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ciclo ou não, eu não ao ciclo


Quanto mais queremos uma coisa, mais longe parece ela estar; vamos atrás dela, mas ela parece ter uma velocidade que nada em nós tem, então lutamos por ela, mas ela também se impõe com a sua monstruosa força, e é aí que tentamos desistir pela primeira vez dela. Mas, estranhamente, ela aí mostra-se triste com a nossa decisão, dá-nos um bocado de esperanças quanto à sua posse e mostra-nos caminhos que nos poderão levar de encontro a ela, se caminharmos nesse sentido; então aí, nós voltamos a erguer a cabeça e sorrimos, mas ela volta-nos as costas e como quem diz "estava a gozar com a tua cara" desaparece por muito tempo. Novamente iludidos, tentamos esquecer o que aconteceu, mas ela não permite, faz questão de vir, nem que seja em sonhos, lembrar-nos que existe. Nós choramos com a falta dela, mas ela só sente falta do nosso choro... e já por isso deixa-se estar longe, onde nós não a conseguimos alcançar. Quando pensamos finalmente que conseguimos lidar com a dor, ela volta e mostra-nos que lidar com sentimentos, é impossível. Mostra-nos que, apesar de longe, nós sabíamos bem que a tínhamos perto, mas que não a queríamos. Mostra-nos que, ela não desaparecia, nós é que a apagávamos temporariamente para não sofrermos, e ela não gozava com a nossa cara, nós é que a fazíamos parecer horrível, para a poder deixar. E quanto mais tentávamos fugir dela, mais próxima ela estava, para que quando tentássemos apanha-la, ela se fosse embora. É um ciclo do que chamamos de amor, mas não chamamos de amor, ao ciclo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

não há forma de afirmar o que já vem com um "não"


«Finalmente deixei que me ensinassem o que não queria aprender com medo de que toda a minha inocência se fosse para o mesmo sítio que a minha força quer ir. Desisti de desistir, percebi que me enganava ao me deixar enganar, arranjei finalmente uma última força para me tornar forte. De uma dia para o outro acordo e vejo que, apesar do bonito véu que se estende à frente da minha janela, do lado de fora desta vem uma tempestade que eu, (in)conscientemente tenho andado a evitar. Não por motivos de cobardia, ou por medo de a enfrentar, mas sim por receio de não a conseguir sentir o que ela me quer transmitir. Já me aventurei em tantas trovoadas, em dias de tempestade sem fim, e este, só mais um, não creio que seja tão forte a ponto de me fazer sentir qualquer arrepio, qualquer dor, tenho medo de estar imune àquilo que me devia fazer sofrer, tenho medo de já não ter espaço dentro de mim para mais dor. Agora, apenas fixo os meus ideias, penso em ti de longe, penso naquilo que por ti faria, aquilo que a teu lado era e o que sou sem ti. Agora, apenas vejo e revejo memórias tuas, nossas, para me consolar daquilo que me tiraste, sonho contigo, de quando me falavas de coisas que eu não ouvia por estar mais concentrada em ouvir o que não me dizias, tenho saudades de me deitar e saber que me podia deixar levar nos sonhos por ti.
Agora, tudo deixou de fazer sentido, porque o sentido de tudo, eras tu. Há dias em que paro, sozinha como antes fazia, e penso. Não devia fazê-lo, mas por tudo a que me proibi a mim mesma, deixei-me livre apenas nisso, deixei-me apenas rever-te vagamente em pensamentos. Proibi a entrada a excepções, proibi a entrada a antigas mensagens, apaguei o que não devia voltar a ler, destruí o que não se consegue destruir, apenas omitir da minha cabeça por uns tempos, para te conseguir ver como uma lembrança e não como alguém que me faça querer lembrar-me um dia. Significavas o sorriso das minhas manhãs, a felicidade do meu dia a dia e a força duma vida, mas que agora se resume apenas a uma falsa ilusão. O que realmente me fazia sorrir de manhã, era o facto de saber que conseguia ser feliz a amar-te, e não tu; o que me fazia sentir feliz todos os dias era a ilusão de que um dia te poderia dar parte dessa felicidade, mas agora percebi que o que é meu, é apenas meu; e, por fim, a minha força, era alimentada com as tuas lutas, mas eu percebi que para vencer a batalha teria de lutar contra ti, e não por ti. E cá estou eu, feliz, forte e com um enorme sorriso na cara. E este, não é apenas um sorriso de "bom dia", este é o sorriso de um bom para sempre. » Anca Lipciuc

sábado, 12 de novembro de 2011

tens de voltar ao cais.. !!?



«Não apesar de, mas por ter sofrido, sei que agora sou forte, que apesar da dor que já senti, hoje sinto-me forte, por me opor a ela. Tenho noção, que tudo o que lutei por um "nós", lutei sozinha e tu não estavas lá para ver o que eu queria dizer com um "Olá" e o que eu insinuava com um "Adeus". Tu não estavas lá para te pores ao meu lado na luta, combateres comigo e do mesmo lado que eu, por vezes tinha-te até como rival em campo. Posso, e sou forte, mas ser forte não é o mesmo que ser ingénua, não sou forte a ponto de lutar contra mim mesma, sou forte apenas para lutar contra os meus sentimentos mais poderosos, dando razão apenas à razão. Sou forte, naquilo que interessa, e não naquilo que considero interessante (tu), sou forte no que devo ser desde o início, não espero que me magoes para o ser. Apesar de tu tentares e tentares isso, eu venço-te sem nada fazer, ignorando-te apenas, porque sei que o meu silêncio te doi mais que uma infinidade de defeitos que te possa atribuir com palavras. Não és digno de ouvir a minha voz, nem que seja para dizer que já não gosto de ouvir a tua, não me faças olhar-te, porque o meu olhar por ti mudou radicalmente, já não é quente como antes, eu não sou a mesma pessoa que conheceste antes de seres outro também. Não te culpo que tenhas mudado, culpo-te por não conseguires ser sempre o mesmo, a atitude é o que de mais valoroso alguém pode ter. Perdeste a tua, e por isso perdeste-me a mim. Não que me tivesses possuído, mas por eu ter lutado para te ter. Não me faças falar-te, não que te diga o que não queres ouvir, mas por não querer que ouças o que devas por mim, não sou eu que te vou ensinar a agradar-me, assim como sei que não te agrava se para ti falasse. Evitas-me para não me encarar, eu encaro-te para me evitares, sorris-me quando te esqueces que não o deves fazer, eu devia fazer-te o mesmo, se conseguisse sorrir-te. Tentas arranjar assunto, de propósito, quando nos afastamos demais? Eu afastei-me com o único propósito de não ter de arranjar assuntos em comum contigo. Em poucas palavras, digo-te que me fartei de ter algo que me possa ligar a ti, simplesmente a minha vida é mais que um cais ao qual tu já não paras desde que encontraste um que a teu ver, é melhor. E eu, não te culpo disso, apenas mudo também de onda, esperando por outro barco que aqui pare.» Anca Lipciuc

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Só (e muito) sei


« Só sei, que quanto mais tento perceber-te, mais dúvidas tenho, mais longe fico da verdade, mais perto sinto as incertezas, só sei que quando penso em ti, é por não conseguir aguentar mais prender o pensamento, e não por isso me fazer ilusoriamente sentir bem, só sei que para sorrir tenho de te evitar, aqui, na minha cabeça e em qualquer outro lado, sei que contigo, seria feliz, e sem ti ainda sou mais, apenas tenho que explicar isso a mim mesma, só sei, que a minha vontade é de ir todos os dias ter contigo, abraçar-te, sentir-te perto, mas quanto mais me deixo levar por esse pensamento, mais recuso ao corpo agir segundo ele, mais me afasto, mais te apago da minha lista de necessidades, não és algo que mereça toda esta importância, eu sei, mas já não sei obedecer aos meus próprios princípios. Só sei que, se me liguei a ti, foi por ser humana, afinal todos erramos.» Anca Lipciuc

domingo, 6 de novembro de 2011


«por vezes, a ingenuidade poupa-nos de pequenos sofrimentos, mas um dia ela tratará de nos meter em grandes.» Anca Lipciuc

sábado, 5 de novembro de 2011


«Não espero de ti, o que eu não consigo fazer, nem te peço o que eu não te consigo dar, mas pelo menos, tenta estar ao nível de receber aquilo que é simplesmente especial por ser pouco.» Anca Lipciuc

terça-feira, 1 de novembro de 2011



«Hoje aprendi que se quero ser forte tenho de ignorar e curtir. Ignorar os burros e curtir com outros burros» Anca Lipciuc.