quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Poupar trabalho a quem não trabalha



Quem tem valores, deve valoriza-los. O respeito não se ganha numa luta de insultos ou num combate em que a força vence a razão. Muito menos no meio de zero ouvintes, e falantes aos montes. Quem sai por cima, não é quem começa em cima, mas aquele que desde o início tem subido degrau a degrau na escada da sabedoria, não opondo críticas, mas discutindo opiniões. Aquele que se mentaliza que há uma única possível solução para um problema diverso ou talvez incerta a sua complexidade, não chegará senão a uma forte persistência ignorante daquilo que não pode saber ao certo, ou tomar como certo sem saber. Quanto mais insistimos em defender algo, mais provas temos de recolher, apresentar. Enquanto isso, muitos defendem algo negando o que outros apresentam, isso não é racional. Quando há diversas opiniões, a melhor é aquela que não pode ser contrariada por nenhuma outra, e não aquela cuja justificação é "porque sim". A inteligência não se mostra em léxicos complexos, mostra-se na capacidade de simplificar o que outros complicam, talvez com esses mesmos termos ditos "inteligentes", vagos de informação por vezes. Porque as pessoas procuram soluções, não discussões. A resolução de um problema é imediata se a proposta para a sua superação assim o for também, e não uma "possibilidade eventualmente aceitável em termos negociáveis através de diferentes métodos ainda suspensos por falta de condições necessárias em falta de (...) e por (...) se.."! Quem tem princípios, poupa palavras, usa-as apenas para quem as quer ouvir. E cada vez mais quererão ser ouvidas por quem um dia as rejeitou. E assim, quem muito fala e pouco diz acabará por ficar atrás de quem pouco fala, mas diz tudo. Por isso, em vez de frases intermináveis que não levam a lado nenhum, é preferível o silêncio que deixa pensar quem ainda sabe o que dizer a seguir. A isto chama-se: poupar trabalho a quem com que ele não chega a lado nenhum.