domingo, 18 de dezembro de 2011


Se depois de toda a luta por algo, ainda não conseguiste nada, chora. Não no sentido de que te deixaste vencido, nem que desististe do que mais querias, mas sim no sentido que desabafar connosco próprios é sempre a melhor vírgula que dá mais força para depois se continuar a frase. Aquela pequena pausa no discurso, na pequena história que se chama de nossa vida, não é por receio de se continuar a contar, mas para recuperar o fôlego para a contar com mais intensidade. Cada lágrima durante esse intervalo não servirá para nos olharmos ao espelho e ver o quanto deprimente parece mas sim para que o caminho que essa mesma lágrima seguirá no nosso rosto nos indique a direcção que devemos dar a esta história, contada apenas por nós. E no espelho, reflectir-se-a apenas a vontade de voltar à luta, nem que essa dure anos, tem de vencida. Quer por mim, quer pelo adversário. O problema é que eu não luto contra ele, mas sim por ele.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ciclo ou não, eu não ao ciclo


Quanto mais queremos uma coisa, mais longe parece ela estar; vamos atrás dela, mas ela parece ter uma velocidade que nada em nós tem, então lutamos por ela, mas ela também se impõe com a sua monstruosa força, e é aí que tentamos desistir pela primeira vez dela. Mas, estranhamente, ela aí mostra-se triste com a nossa decisão, dá-nos um bocado de esperanças quanto à sua posse e mostra-nos caminhos que nos poderão levar de encontro a ela, se caminharmos nesse sentido; então aí, nós voltamos a erguer a cabeça e sorrimos, mas ela volta-nos as costas e como quem diz "estava a gozar com a tua cara" desaparece por muito tempo. Novamente iludidos, tentamos esquecer o que aconteceu, mas ela não permite, faz questão de vir, nem que seja em sonhos, lembrar-nos que existe. Nós choramos com a falta dela, mas ela só sente falta do nosso choro... e já por isso deixa-se estar longe, onde nós não a conseguimos alcançar. Quando pensamos finalmente que conseguimos lidar com a dor, ela volta e mostra-nos que lidar com sentimentos, é impossível. Mostra-nos que, apesar de longe, nós sabíamos bem que a tínhamos perto, mas que não a queríamos. Mostra-nos que, ela não desaparecia, nós é que a apagávamos temporariamente para não sofrermos, e ela não gozava com a nossa cara, nós é que a fazíamos parecer horrível, para a poder deixar. E quanto mais tentávamos fugir dela, mais próxima ela estava, para que quando tentássemos apanha-la, ela se fosse embora. É um ciclo do que chamamos de amor, mas não chamamos de amor, ao ciclo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

não há forma de afirmar o que já vem com um "não"


«Finalmente deixei que me ensinassem o que não queria aprender com medo de que toda a minha inocência se fosse para o mesmo sítio que a minha força quer ir. Desisti de desistir, percebi que me enganava ao me deixar enganar, arranjei finalmente uma última força para me tornar forte. De uma dia para o outro acordo e vejo que, apesar do bonito véu que se estende à frente da minha janela, do lado de fora desta vem uma tempestade que eu, (in)conscientemente tenho andado a evitar. Não por motivos de cobardia, ou por medo de a enfrentar, mas sim por receio de não a conseguir sentir o que ela me quer transmitir. Já me aventurei em tantas trovoadas, em dias de tempestade sem fim, e este, só mais um, não creio que seja tão forte a ponto de me fazer sentir qualquer arrepio, qualquer dor, tenho medo de estar imune àquilo que me devia fazer sofrer, tenho medo de já não ter espaço dentro de mim para mais dor. Agora, apenas fixo os meus ideias, penso em ti de longe, penso naquilo que por ti faria, aquilo que a teu lado era e o que sou sem ti. Agora, apenas vejo e revejo memórias tuas, nossas, para me consolar daquilo que me tiraste, sonho contigo, de quando me falavas de coisas que eu não ouvia por estar mais concentrada em ouvir o que não me dizias, tenho saudades de me deitar e saber que me podia deixar levar nos sonhos por ti.
Agora, tudo deixou de fazer sentido, porque o sentido de tudo, eras tu. Há dias em que paro, sozinha como antes fazia, e penso. Não devia fazê-lo, mas por tudo a que me proibi a mim mesma, deixei-me livre apenas nisso, deixei-me apenas rever-te vagamente em pensamentos. Proibi a entrada a excepções, proibi a entrada a antigas mensagens, apaguei o que não devia voltar a ler, destruí o que não se consegue destruir, apenas omitir da minha cabeça por uns tempos, para te conseguir ver como uma lembrança e não como alguém que me faça querer lembrar-me um dia. Significavas o sorriso das minhas manhãs, a felicidade do meu dia a dia e a força duma vida, mas que agora se resume apenas a uma falsa ilusão. O que realmente me fazia sorrir de manhã, era o facto de saber que conseguia ser feliz a amar-te, e não tu; o que me fazia sentir feliz todos os dias era a ilusão de que um dia te poderia dar parte dessa felicidade, mas agora percebi que o que é meu, é apenas meu; e, por fim, a minha força, era alimentada com as tuas lutas, mas eu percebi que para vencer a batalha teria de lutar contra ti, e não por ti. E cá estou eu, feliz, forte e com um enorme sorriso na cara. E este, não é apenas um sorriso de "bom dia", este é o sorriso de um bom para sempre. » Anca Lipciuc

sábado, 12 de novembro de 2011

tens de voltar ao cais.. !!?



«Não apesar de, mas por ter sofrido, sei que agora sou forte, que apesar da dor que já senti, hoje sinto-me forte, por me opor a ela. Tenho noção, que tudo o que lutei por um "nós", lutei sozinha e tu não estavas lá para ver o que eu queria dizer com um "Olá" e o que eu insinuava com um "Adeus". Tu não estavas lá para te pores ao meu lado na luta, combateres comigo e do mesmo lado que eu, por vezes tinha-te até como rival em campo. Posso, e sou forte, mas ser forte não é o mesmo que ser ingénua, não sou forte a ponto de lutar contra mim mesma, sou forte apenas para lutar contra os meus sentimentos mais poderosos, dando razão apenas à razão. Sou forte, naquilo que interessa, e não naquilo que considero interessante (tu), sou forte no que devo ser desde o início, não espero que me magoes para o ser. Apesar de tu tentares e tentares isso, eu venço-te sem nada fazer, ignorando-te apenas, porque sei que o meu silêncio te doi mais que uma infinidade de defeitos que te possa atribuir com palavras. Não és digno de ouvir a minha voz, nem que seja para dizer que já não gosto de ouvir a tua, não me faças olhar-te, porque o meu olhar por ti mudou radicalmente, já não é quente como antes, eu não sou a mesma pessoa que conheceste antes de seres outro também. Não te culpo que tenhas mudado, culpo-te por não conseguires ser sempre o mesmo, a atitude é o que de mais valoroso alguém pode ter. Perdeste a tua, e por isso perdeste-me a mim. Não que me tivesses possuído, mas por eu ter lutado para te ter. Não me faças falar-te, não que te diga o que não queres ouvir, mas por não querer que ouças o que devas por mim, não sou eu que te vou ensinar a agradar-me, assim como sei que não te agrava se para ti falasse. Evitas-me para não me encarar, eu encaro-te para me evitares, sorris-me quando te esqueces que não o deves fazer, eu devia fazer-te o mesmo, se conseguisse sorrir-te. Tentas arranjar assunto, de propósito, quando nos afastamos demais? Eu afastei-me com o único propósito de não ter de arranjar assuntos em comum contigo. Em poucas palavras, digo-te que me fartei de ter algo que me possa ligar a ti, simplesmente a minha vida é mais que um cais ao qual tu já não paras desde que encontraste um que a teu ver, é melhor. E eu, não te culpo disso, apenas mudo também de onda, esperando por outro barco que aqui pare.» Anca Lipciuc

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Só (e muito) sei


« Só sei, que quanto mais tento perceber-te, mais dúvidas tenho, mais longe fico da verdade, mais perto sinto as incertezas, só sei que quando penso em ti, é por não conseguir aguentar mais prender o pensamento, e não por isso me fazer ilusoriamente sentir bem, só sei que para sorrir tenho de te evitar, aqui, na minha cabeça e em qualquer outro lado, sei que contigo, seria feliz, e sem ti ainda sou mais, apenas tenho que explicar isso a mim mesma, só sei, que a minha vontade é de ir todos os dias ter contigo, abraçar-te, sentir-te perto, mas quanto mais me deixo levar por esse pensamento, mais recuso ao corpo agir segundo ele, mais me afasto, mais te apago da minha lista de necessidades, não és algo que mereça toda esta importância, eu sei, mas já não sei obedecer aos meus próprios princípios. Só sei que, se me liguei a ti, foi por ser humana, afinal todos erramos.» Anca Lipciuc

domingo, 6 de novembro de 2011


«por vezes, a ingenuidade poupa-nos de pequenos sofrimentos, mas um dia ela tratará de nos meter em grandes.» Anca Lipciuc

sábado, 5 de novembro de 2011


«Não espero de ti, o que eu não consigo fazer, nem te peço o que eu não te consigo dar, mas pelo menos, tenta estar ao nível de receber aquilo que é simplesmente especial por ser pouco.» Anca Lipciuc

terça-feira, 1 de novembro de 2011



«Hoje aprendi que se quero ser forte tenho de ignorar e curtir. Ignorar os burros e curtir com outros burros» Anca Lipciuc.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fingir não é o mesmo que tentar fingir


«Hoje, apenas temos de nos preparar para saber sorrir, preparar para sabermos fingir, preparar para mostrar que finalmente percebemos o que é a felicidade. Ou então, preparmo-nos apenas para estarmos preparados. Quanto mais iludidos estamos, menos sofreremos por ilusão, quanto mais tempo vivermos na ignorância, mais tempo viveremos felizes e quanto mais desejarmos não crescer, mais adultos seremos. Quando acordarmos finalmente, não por não dormirmos mais, mas por finalmente termos aberto os olhos, quando finalmente precisaremos de alguém ao nosso lado, não para não nos sentirmos sozinhos, mas sim para sentir que alguém está ao nosso lado, ou quando simplesmente precisarmos dum abraço, não por ser algo normal em amigos, mas porque é a única coisa que nos possa acalmar nesse instante,. aí sim, saberemos o que é exactamente sentir algo diferente do normal. Porque até aí, apenas somos conduzidos a agir e pensar em conformidade com o que o senso comum diz sobre o significado da felicidade, sorrimos porque vimos alguém sorrir, dizemos que somos felizes porque alguém também o disse, e só. Aquilo que chamamos de felicidade,.. a tal, é aquela felicidade de fazer anos!?, a felicidade de comer chocolates, essa felicidade é, mesmo, felicidade? Ou a infelicidade de termos caído e magoado, ou a infelicidade de tirarmos uma má nota? Era tudo tão simples, o conceito "feliz" ficava-se pela nossa inocência, pela nossa mínima capacidade de ponderar o bom e o mau, pela nossa fácil avaliação da necessidade ou verdadeira dependência. Agora, depois de tudo, apenas olhamos para trás e vemos o que hoje não conseguimos, ou por causa de nos impormos completamente a isso, ou pelas lágrimas que não deixam ver o que o passado mostrava todos os dias, ou pelo simples motivo de nos mentalizarmos que "já não é como era,eu cresci!?". Isso tudo acabou com o simples facto de antes termos 6/7 anos, e agora 16/17? Os motivos do nosso sorriso devem, podem e são apenas falsas demonstrações de alegria? Uma ilusão permanente à qual nos conformamos com o passar do tempo e cada vez a aceitamos melhor? Pelos vistos, dizem que sim. Mas eu quero acreditar que, pelo menos uma vez, um dia na nossa vida, olharemos simplesmente para alguém para nos fazer ver coisas que nunca tínhamos visto antes, que um dia, digamos algo que não sabíamos pronunciar antes, pensaremos em alguém, só para ter a certeza que pelos menos dentro de nós, ainda existe, e um dia, sei que sorri pela única razão que deveríamos, para mostrar a nossa felicidade, e não para tentar esconder outros sentimentos.» Anca Lipciuc

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Olhares


«E quando achamos que finalmente encontramos o silêncio e a tranquilidade suficiente para podermos pensar na vida? Porquê que essa altura não existe mesmo? E em vez disso, nos põe à prova com novos sentimentos? Quando tudo parecia acalmar, e a vida começava a ganhar espaço para ser pensada e repensada acontece o que mais temos certeza que não queremos, nessa altura. A vida é para ser vivida, aproveitada, e algo que consigamos fazê-la passar de dois dias. Mas, por vezes, precisamos dum silêncio que só nós sintamos, um silêncio que nos desenha novamente objectivos de vida, um silêncio que fala connosco sobre o passado e nos ajuda a decidir o futuro. Quando esse silênco vem, não pode ser interrompido, não pode ser ignorado e agir sem o consultar. Porque este é aquele que nos faz recordar quem somos, o que somos e o que seremos daqui em diante, é ele que nos mostra o passar do tempo e o que nós chegamos a ser com esse mesmo tempo. Tu, chegaste com esse silêncio, e em vez de o conseguir escutar, apenas ouço as tuas palavras na minha cabeça, apenas vejo o teu sorriso nos meus sonhos, e só consigo sentir o teu carinho nos meus pensamentos. Por mais que discorde deles, não os consigo impedir, por mais que os esconda, não os consigo proibir de os mostrar a toda a gente, por mais que tente nega-lo não consigo acabar tudo com um "não". Não sabia quem eras, o que fazias lá, de onde vinhas, onde ías, e porquê de existires, mas sabia que tinha ordens de te dar indicações sobre um novo local que passarias a usar, e nada mais. Sabia que eras alguém, que lutavas por coisas, que tinhas uma personalidade, que serias mais um "outro" lá, mas eras "o" outro. Foi-se tornando impossível evitar, impossível de parar, foi-se tornando algo que não conseguia controlar, porque agia sem pensar, olhava-te sem perceber ao mesmo tempo porque o fazia, mas fazia-o. E faço-o. Mas tentava não o fazer, e tento. Coisas que pensamos que só aconteciam dum lado, mas que pelos vistos tu correspondias, e correspondes, mas não admites. E se admites, é em modo de negação. Olhares que nem sempre existem porque queremos, mas dizem aquilo que mais queremos guardar para nós. Não há destinos, mas se houvesse eu acreditaria neles.» Anca Lipciuc

domingo, 18 de setembro de 2011

Apreciar


«Dou por mim a ter que lidar com novos sentimentos, novos não, novos novamente. Sentimentos que em mim tinham morrido, sentimentos perfeitos foram substituídos na altura por dor, medos e receios. Sentimentos que julgava ter enterrado dentro de mim e que só saíam quando se mexesse na ferida, para me fazerem voltar à dor de antigamente. Re-descobri em mim, uma força que tinha deixado de ser forte, uma ansiedade que deixara de mexer comigo, um nervosismo que já não fazia sentido para mim. um amor, que não conseguia sentir em mim, um amor que antes era tudo que queria na vida, agora me prendia a ele sem direitos para isso, sem a minha autorização, sem algo a que se pudesse ou tivesse autorização de prender, algo que parecia um sonho antigamente, e se tornou um pesadelo nos últimos tempos. Acordei agora, mas para sonhar de verdade, acordei para sentir os sonhos tornarem-se realidade, acordei para a realidade por sonhar com ela. Acordei pela primeira vez, novamente. Acordei porque tinha adormecido, mas acordei com sentimentos que já tinha experimentado uma vez. Aqueles sentimentos que não se conhecem ao início, que não se compreendem durante e que não se faz a mínima ideia do que foram para nós no fim, aqueles sentimentos que não faziam parte do vocabulário dos sentimentos do nosso ser e que agora são constantes e apenas podemos criar um próprio dicionário para eles, aqueles sentimentos que não sabemos de onde vieram, por quanto tempo ficam e que desconhecemos o seu porquê. Aquilo que um dia possuíamos, e tivemos que deixar de ter, aquilo que um dia era a nossa vida, e de nossa vida passou a um mero episódio que faz parte dela, aquilo que nos ensinava a ser alguém e que passou apenas a uma lição num livro esquecido no fundo da nossa gaveta da vida. Enquanto pensváva que o que foi não voltava mais, experimentei novas sensações novamente, e enquanto imaginava ter de apagar tudo, precisei de voltar a escrever a história toda de novo. Voltei a abrir o meu livro, à espera de o desenvolver, e se puder, não ter de o acabar nunca mais, pelo menos nesta vida.
A sensação de ter alguém a cuidar de nós, ou a sensação que podemos contar com alguém todos os dias, a sensação de sermos amados.. quem não a conhece, não a compreende. Essa sensação, dava origem ao meu livro, ao lado de quem me faz experimentar essas sensações, dava-lhe um nome, e fazia dele a personagem principal do meu livro, do meu livro com um início perfeito, uma história desenvolvendo-se perfeitamente e sem fim possível. Agora, mais do que nunca, aprendi que um livro não é um conto com início, meio e fim, um livro é um conjunto de bons e maus capítulos, que só tem fim se nós o permitirmos. Pretendo amar-te, como já amei, pretendo guardar-te como um dia não consegui guardar, e cuidar de ti, como não cuidaram de mim, porque apesar de toda a dor, eu voltei a sentir que era feliz, o que sinceramente, foi a melhor coisa que me podias ter dado e que ninguém até agora tinha conseguido,(..). Muitos podem ter feito com que os amasse, mas nunca ninguém me conseguiu fazer esquecer a dor que um dia tive que receber.
(E enquanto escrevia isto, me apercebia que a inspiração só volta quando mais necessitamos de exprimir os nossos sentimentos.)» Anca Lipciuc

sábado, 3 de setembro de 2011

In(desejadas) recordações


Há momentos na nossa vida, que o que mais nos motiva a viver, é pensarmos que uma coisa é certa: não voltaremos a sofrer o que já sofremos. Mas é nesses momentos que, instintivamente acontece algo que por mais que nós tentámos fazê-lo desaparecer, permanece. Às vezes, olhamos o céu com a preocupação única de encontrar uma estrela cadente que de facto nos torne imune às recordações, que por mais que tenhamos enterrado bem no fundo do nosso ser, por mais que tenhamos cavado anos e anos para encontrar um sítio de onde não possam sair, depois de eliminar-mos por todos os lados vestígios ou pequenos detalhes que possam permitir relembrar algo doloroso, estas conseguem encontrar nem que seja a mais fina abertura no nosso coração, a menos visível vontade de pensar no passado, o mais insignificante desejo de experimentar mais uma vez algo que por mais que nos magoe, é bom.
Quando mais penso que finalmente atingi a maturidade ideal para afastar as memórias, mais coisas acontecem que me fazem ver, que não é uma questão de maturidade. Ou quantas mais vezes defino auto-regras a mim mesma, de forma a evitar recitar sentimentos passados, mais me convenço que o que não quero sentir é de facto o que alimenta a minha existência, e que apenas a minha força prende o passado para deixar viver o presente.
Mas é quando esse passado se solta, raramente, e tende a encher-me de ansiedade e vontade de voltar ao que era, de voltar a sentir o bom disso e quando me faz arrepiar com desejos impossíveis que eu percebo quem sou. Que eu percebo quem era e em quem me tornei com o sofrimento, é daí que tiro todas as lições de vida, e esclareço todas as dúvidas e porquês existentes. É nesses momentos que eu deixo de acreditar nesta dor constante, e passo a viver um dia do que realmente me dá vontade de viver, que sonho com o que realmente quero sonhar e sorrio com o verdadeiro sorriso.
O pior das boas recordações, é que são maus momentos. Depois de nos entregarmos novamente a estes pensamentos, depois de nos deixarmos levar por eles como se fossemos crianças, e por mais que a cabeça proíba, o coração autoriza, depois de deixarmos novamente escapar a saudade de dentro da gaiola, vem a parte mais difícil. A parte em que temos que voltar a empurrar para dentro da enorme ferida aberta no fundo do nosso ser toda a felicidade, que por mais que nos faça sorrir, não nos faz viver. Temos que voltar ao mundo real, ao verdadeiro e ao presente, temos que nos voltar a mentalizar que o que procurávamos, já encontramos e deixamos para trás, e que aquilo que devemos procurar agora é algo mais forte, que nos dê a força de tapar a ferida. Tapa-la, porque cura-la é algo que o próprio sonho não consegue fantasiar a esse ponto. Uma ferida aberta no coração, é uma dor infinita que apenas pode ser diminuída. Quando nos prendemos demasiado a uma coisa, sem conseguir ver o que está por detrás desta, estamos a permitir que deixemos de ser nós, para deixar algo fazer parte de nós, e quando esse algo se vai, não tira tudo o que um dia encheu dentro de nós.
A pior parte, é voltar a fechar a gaiola, para um dia novamente, deixarmos a chave algures à frente de quem a quer abrir, com a desculpa de que a perdemos, para podermos arranjar uma desculpa para a nossa fraqueza.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Meio Termo?


«Nem sempre faço o certo. Porque muitas vezes não quero viver de recordações, mas sei que não vivo sem elas.. Assim como muitas vezes quando caio na vida, acho que faz parte,. mas só faz realmente parte quando me sei levantar dessa queda. Por vezes, agir é o mais difícil, especialmente quando se trata de algo que prezo muito, então ajo sem pensar, mas ajo de coração. Muitas vezes não escolho as palavras certas para ajudar um amigo, mas se mesmo assim tento, é porque sou sincera. Para mim nem sempre é fácil fazer escolhas, mas quando as faço é importante não voltar atrás, assim como quando estamos em dúvida entre duas coisas, ser forte na escolha é o mais importante. Porque ninguém garante que pode ser a escolha mais certa, mas é uma escolha garantida, daí é preferível ter certeza duma, que perder ambas por pensar demais. Muitas vezes sou julgada pelas minas acções e dou polémica na voz do povo, mas enquanto não forem os outros a garantir a minha existência, eu também não lhes darei o prazer de agir conforme o senso comum. Podem chamar-me então de criança, que é o ataque mais comum que usam, ENTÃO é porque reconhecerem a minha inocência, e por isso não precisam de justificações. haha (; Para mim não há meias amizades, ou vivo com eles, ou sobrevivo sem eles, assim como para mim não há meio caminho, ou começo e acabo, ou nunca me aventuro nele; Para mim não há meia verdade, ou assumem ou deixam-se ficar pelo silêncio que nunca aceito. Mas, caso houvessem meias amizades, não descansava enquanto não fizesse delas verdadeiras amizades. E se, para mim, houvesse meio caminho, só havia por parar a meio deste e pedir ajuda para o completar. E se por acaso, houvessem meias verdades, vivia dessa mentira apenas o tempo necessário para a tornar verdade.
Para mim não há meio termo, mas se houvesse era o meio de: "i LOVE you"» Anca Lipciuc

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Que nem tudo vale aquilo que aparenta ser


«Porque passamos por dias que desejávamos ser outra pessoa, dias que tudo cai em cima de nós da pior forma, que nada que fazemos nos faça sentir bem, o mundo parece condenar-nos a toda a hora, e finge que nos prende numa cela invisível para nos poder fazer desistir. Mas nem sempre é o que acontece, quando as pessoas não acreditam no: "estava previsto" ou no futuro já determinado, aquelas pessoas que não se deixam influenciar demasiado pela dor e procuram antes a alegria, mesmo que esses momentos tenham sido escassos. Todos temos um grau de conformismo bem visível, mas o que faz de nós diferentes é o facto dos que aceitam esse facto e os que querem livrar-se dele. Podemos muito bem seguir a vida tal como ela nos traça o caminho ou podemos nós traçar o nosso próprio caminho na vida. Não escute poemas da paz, escreva-os. Não espere pelo amanhã para ver o que acontece, mude o hoje e espere que o amanhã poderá mudar outras pessoas. Não ganhe lutas de palavras, ganhe lutas de acções, seja superior e não igual aos outros. O que nos define não é o nosso grau de força física, mas sim o grau de sabedoria em situações que implicam essa força. Não se deixe viver pelas palavras dos outros, faça os outros ver a vida com outras palavras. E, quando menos souber o que fazer, comece, faça qualquer coisa só para não ficar parado, e há-de descobrir a caminho, o melhor atalho para o objectivo inexistente do início. Faz de tudo para voltares sempre ao cais de onde a tua personalidade de formou.» Anca Lipciuc

sábado, 13 de agosto de 2011

Signo


Personalidade do Carneiro: "Eu primeiro"

Tente dizer a um Carneiro para seguir o chefe. Eles fogem! Os Carneiros não seguem, eles são os líderes. Sabem o que querem, e vão buscá-lo. Senão, agem como uma criança mimada. Passa algum tempo com um Carneiro, e precisarás de umas férias. (é o que a Mafalda precisa então). Eles andam às voltas como um tornado. Observá-los é desgastante. Não adianta acompanhá-los, é simplesmente impossível. Carneiros dizem exactamente onde se encontram, não é necessário perguntar-lhes. Pedirão grandes favores, e retornarão os favores igualmente. Eles podem desaparecer durante anos e reaparecerem na nossa vida quando menos esperarmos. Eles adoram apaixonarem-se perdidamente. Os Carneiros adoram a emoção. É melhor manter a excitação, porque quando se for, eles também irão. São pessoas com que é difícil viver. É um ser tão inquieto e agitado... Cheio de energia, impulsivo e instintivo, o nativo do signo carneiro sabe fazer de tudo um pouco: praticar desporto, estudar muito, aborrecer-se e largar tudo... são francos e directos. O nativo do signo carneiro é pouco complicado e é péssimo mentiroso. Possuem uma energia criativa admirável e um entusiasmo contagiante, sempre à procura de novidades, que os mantêm ocupados até deixarem de ser novidade. São competitivos por natureza, e estarão sempre a desafiar os outros. Mas há dinamismo nos seus actos, e é óptimo ter pessoas assim à nossa volta! Agir! Esta é sua função. Como é muito impulsivo e rápido ele tende a tomar decisões bruscas (e é mau? -.-). Os nativos do signo carneiro são bons líderes e são ambiciosos, nem tanto pelos bens materiais, mas pelo puro reconhecimento.

Traços positivos da personalidade
  • pioneiro; aventureiro; corajoso; directo; altamente energético; competitivo,; dinâmico; impulsivo; digno; independente; líder; odeia a restrição, ama a liberdade; vive o presente; tem capacidade para tomar decisões rápidas e para entusiasmar os outros.

Traços negativos da personalidade
  • Impulsivo; ser sarcástico; impaciente; impulsivo; dominador; apressado; agressivo; rebelde; coloca-se sempre em primeiro lugar, com a filosofia que ninguém é melhor ou mais importante que ele.
MULHER CARNEIRO

A sua forma de falar é sensual, directa e provocante. É difícil resistir ao olhar penetrante e iluminado de uma nativa do signo carneiro, que atrai sempre para as suas armadilhas. A nativa do signo carneiro não costuma fazer o tipo “desprotegida” (vá lá que admitem!). Ao contrário, chama a atenção pela sua auto-suficiência e pela sua inteligência desafiadora. Ela tem os seus caprichos e, se o parceiro permitir, vai logo começar a mandar na sua vida. Essa atitude é também reflexo do seu forte instinto protector, que, quando vêm os filhos, se manifesta no cuidado e protecção ao homem que ama.

Gosta de liderar e não suporta receber quaisquer tipos de ordens. Por vezes, a sua maneira de ser e de reagir face a determinadas situações pode afectar o ego masculino, que não suporta a competição e não admite mulheres mandonas. (Temos pena.)
Tal como o homem de Carneiro, gosta de desafios e, muitas vezes, desinteressa-se destes assim que os consegue conquistar. (Isto é tão verdade :o).
O seu desejo de liderar e mandar faz com que, muitas vezes, procure homens com uma personalidade menos extravagante, mais calma. Mas como ela se irrita com este tipo de pessoas, não é raro que ela própria se desinteresse rapidamente das conquistas que fez. (Daí estar bem com ele.)
Inconstante no amor, apresenta uma expressão forte e corajosa, mas no fundo sente uma certa insegurança. Como Mãe, não é particularmente uma figura maternal mas, apesar da sua impaciência, revela-se uma excelente mãe ao deixar que a criança viva a sua vida, mostrando-lhe o caminho a seguir e ajudando-a a enfrentar, com coragem e determinação, os desafios da vida.

Como seduzir

Este signo é conhecido como um conquistador nato. Não suportam mentiras e preferem aqueles que se expressam directamente e sem rodeios.
Os nativos deste signo são muito simpáticos, extrovertidos e expressivos, pelo que têm uma enorme facilidade em conquistar todos quantos o rodeiam com a sua segurança e encanto natural.
Se quer conquistar o coração de uma pessoa nascida sob a regência do signo de Carneiro, saiba que os nativos deste signo têm uma certa relutância em assumirem quaisquer compromissos, especialmente os compromissos sérios. Eles precisam de aproveitar a vida, de conhecerem várias pessoas, várias paixões e... muitos amores. (Isto são os Carneiros machos.)
Quando o nativo deste signo se apaixona, o seu sentimento é explosivo e ele é capaz de mover mundos e derrubar montanhas para conseguir conquistar quem ele deseja. Como o seu amor é dos mais ardentes e apaixonados, as lutas que ele trava em nome desse mesmo amor são terríveis. Enquanto ele não encontrar a pessoa certa, a pessoa com a qual deseja dividir as suas emoções, alguém forte que tenha as suas próprias opiniões e as defenda com veemência e fervor, alguém com uma personalidade forte que se saiba fazer respeitar mas, ao mesmo tempo, não ofusque o brilho que o nativo de Carneiro deseja só para si, o Carneiro vive em permanente stress, a saltar de amor em amor.

Para conquistar o coração de um Carneiro saiba que ele é fiel, prestativo, amoroso e que gosta de ser tratado com muito carinho. Como é motivado por desafios, não seja do tipo fácil que se derrete por tudo o que ele faz ou diz, mas crie algumas dificuldades e, acima de tudo, não se mostre completamente disponível. Nunca o provoque em demasia porque corre o risco de transformar a sua relação num autêntico campo de batalha.
Outro dos seus defeitos é o ciúme. Os seus ciúmes são tão grandes que, por vezes, ele chega a ser agressivo, chegando a afastar todos quantos não souberem conviver com esta sua faceta.

Amizade

Não se meta é com os amigos dele! (Sorry dp.) Ele protege-os, mesmo que esteja chateado com eles. Fazer amizade com nativos do signo carneiro é muito fácil: eles é que fazem amizade consigo, mas se eles não quiserem fazer amizade consigo, nem tente porque não vai conseguir. Talvez você se irrite um pouco com a sua constante necessidade de atenção: você tem que conversar com ele, e só com ele. É óptimo ter a amizade de um nativo do signo carneiro, eles são muito fiéis e calorosos. Se por um motivo qualquer ele se chatear consigo... não se assuste se no dia seguinte ele cumprimenta-o como se nada tivesse acontecido.

Só tenho a agradecer a quem me atura!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

não é certo que chegues a um certo sítio, mas chegarás ao sítio certo


« ..Mas nem sempre, e cada vez mais me convenço disso, que o nosso lar não é feito duma morada certa, estável e segura. Muitas vezes, sem sabermos, gostamos de sair da rotina e respirar outro ar, muitas das vezes procuramos o nosso abrigo não debaixo dum telhado mas sim no meio duma tempestade. Por vezes precisamos de nos esquecer de quem somos para passarmos a ser meros viajantes sem rumo ou destino certo, sem um caminho traçado no mapa a seguir, ao qual nos destinemos ou pertençamos. Às vezes, o melhor que fazemos está no que não fazemos, e o que melhor devíamos conhecer, em nada nos ser conhecido, sair do comum para podermos viver mais um bocado aquilo que realmente somos. Partiremos para um fim sem fim, e aí sim, chegaremos a um "x" no mapa, onde descarregaremos as malas, estenderemos a tralha, e pensemos "cheguei, por hoje.." para no dia a seguir voltar a arrumar tudo no devido sítio como se fôssemos novamente sair do lar, para pararmos noutro sítio, não certo, mas o certo, porque somos seres, e os seres são parte da natureza, e da nossa natureza faz parte o ser incerto.» Anca Lipciuc

por mais que finjas, não finjas amar


« Nós? Bem, nós queremos aquilo que vemos nos outros, pensamos só no que nos interessa, gostamos daquilo que todos gostam, dizemos aquilo que nos torna populares, compramos coisas para dar boa impressão, vestimos marca para não sair daquilo que é considerada qualidade, vestimo-nos/produzimo-nos conforme a atenção que queremos dos outros, criticamos aquilo que é melhor que nós, desejamos aquilo que invejamos, pedimos o que não damos em troca, damo-nos com quem é popular e ignoramos os amigos, fingimos por simpatia, falamos nas costas por cobardia, falamos muito mas não agimos, gostamos do igual e considerámo-lo especial, desvalorizamos o único e considerámo-lo esquisito, arranjamos qualidade para o feio e defeitos ao bom, usamos várias vezes ao dia a palavra "nunca" e "sempre" sem saber o que elas realmente significam, criticamos (para mal) o que não conhecemos, elevamos o que desconhecemos, gabamo-nos para rebaixar quem não se pode gabar, mentimos para fugir às consequências, queremos crescer depressa para mostrar mentalidade, choramos por pena de nós mesmos, fingimo-nos fortes para impressionar.. mas cai tudo por água abaixo quando nos apaixonamos por quem não queremos, porque in(FELIZMENTE) "love is an irresisteble desire to be irresistably desired." (O amor é um desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado.) Robert Frost » Anca Lipciuc

sou in(diferente) *


« Eu não sou aquilo que esperam de mim, sou totalmente diferente de qualquer suposição;
Não espero agradar a ninguém, visto que sou totalmente contra encaixes perfeitos;
Não pretendo ser falada nem amada por todos, porque a fama e os fãs são coisas implicam vender-me para agradar a outros;
Não gosto de amigos temporários, porque esses nunca me chegam a conhecer;
Sou e gosto de ser diferente, e pelos vistos ainda ninguém me conseguir dar BONS motivos para não o ser;
Rio, penso ou faço coisas que são contra o senso comum e por isso ganho alcunhas ou famas? Ainda estou viva, e bem feliz.
Sou demasiado crítica ou julgo mal? Muitos pensaram assim e agora dão-me razão. Não insisto, conquisto-te apenas se sozinho parares para pensar. » Anca Lipciuc

a árvore da vida


« Se pensarmos na vida apenas como algo que nos é a nós exigido experimentar, viver, ou passar por ela, ou se passarmos nela sem ambições ou objectivos por realizar, sonhos por conquistar, sentimentos por adquirir, se pensarmos na vida como algo passageiro do qual só levaremos dor e sofrimento connosco aí sim, serás também só "mais um" na vida de cada pessoa. Serás mais um de muitos passageiros na viagem de cada um que te rodeia, mais uma pedra no chão, igual às outra, serás como tal, mais uma de muitas páginas dum livro, que alguém tenta ler mas não percebe nada..
Se para ti a vida é como a chuva de Verão, que como aparece, desaparece, então sim, aí serás mais uma gota de muitas outras gotas que formam essa chuva. Ou então, se acreditas apenas que a vida é uma árvore, que no Inverno caduca e no Verão floresce, e sempre assim, aí sim serás realmente uma das muitas folhas dessa árvore, e conforme o tempo, mudarás de personalidade, de atitudes, de vontade, pois uma folha não tem rumo: nasce, cresce e cai. Ou é simplesmente arrancada mais cedo pelo vento.
Não te faças passar por "só mais um" só porque somos todos iguais, não tens que ser "um de muitos" apenas por sermos todos humanos. A diferença não se mede pela fama que cada um tem, nem pela importância que tens na sociedade, a diferença vê-se naquilo que fazes da tua vida, com apenas aquilo que tens, o resultado que obtens não do simples facto de nasceres mas sim do caminho que percorreste para chegar a esse resultado deste o nascimento, a luta que travaste para com o mundo para um dia realmente poderes dizer: eu não sou alguém que viveu, eu, de muitos que viveram, sou alguém. E aí sim, deixamo-nos finalmente cair da árvore, mas sempre na esperança de chegar a um sítio bem melhor que simplesmente cair sobre o solo frio do Inverno eterno. » Anca Lipciuc